Taiwan reinicia novas soluções para a energia nuclear? A IA levanta uma tempestade nuclear: gigantes tecnológicos entram na nova geração de energia de fissão nuclear.
A demanda por eletricidade nos Estados Unidos, após anos de estagnação com quase nenhum crescimento, finalmente foi acesa pelo desenvolvimento explosivo da inteligência artificial. Para suportar a enorme demanda dos centros de dados por capacidade de computação estável e disponível 24 horas por dia, as gigantes da tecnologia estão acelerando a busca por fontes de energia confiáveis e limpas. Uma das respostas: energia de fissão nuclear. Com o surgimento da nova geração de reatores modulares pequenos (SMRs), a indústria nuclear está vivenciando uma revitalização muito aguardada. Empresas como Amazon, Google, Meta e Microsoft estão assinando protocolos de fornecimento de energia com startups de energia nuclear e até investindo diretamente nelas, competindo para obter uma vantagem nesta revolução energética.
Por que a indústria de tecnologia está apaixonada pela fissão nuclear?
A fissão nuclear, ao contrário da fusão nuclear que ainda está em fase experimental, é uma forma de energia nuclear que é atualmente viável e já está implementada. Para centros de dados que precisam operar de forma estável, a intermitência e a instabilidade da energia tradicional são inadequadas, enquanto a fissão nuclear pode fornecer um suprimento contínuo de eletricidade 24 horas por dia, sendo o parceiro ideal para a "máquina de movimento perpétuo" da computação em IA.
Além de uma fonte de energia estável, as empresas de tecnologia também estão atentas ao potencial dos pequenos reatores modulares. Estas novas instalações nucleares de geração utilizam um design modular e de produção em massa, que não só é mais seguro e flexível, mas também promete reduzir significativamente os custos de construção.
Um futuro pequeno e poderoso: a ascensão dos Reatores Modulares Pequenos (SMR)
O design das centrais nucleares tradicionais gira em torno da construção de reatores de 1 GW (1 mil milhões de watts), que são grandes e caros, com custos e prazos de construção que impressionam. Em contraste, embora a potência dos reatores modulares pequenos seja menor, eles podem ser montados de forma flexível, como blocos de Lego, permitindo a expansão da escala de acordo com a demanda e aumentando a velocidade e segurança de implantação.
Embora os EUA ainda não tenham uma usina SMR em operação comercial, isso não diminuiu o entusiasmo dos gigantes da tecnologia em investir. Abaixo estão algumas startups de fissão nuclear que estão atraindo grandes investimentos do Vale do Silício.
Kairos Power: Reator de sal frio de alta segurança apoiado pelo Google
A Kairos Power, com sede na Califórnia, obteve um compromisso do Google para comprar até 500 megawatts (MW) de eletricidade até 2035, com o primeiro reator previsto para entrar em operação em 2030. Os reatores da Kairos utilizam sal fluorado de alto ponto de ebulição como refrigerante, operando em um ambiente de baixa pressão, o que aumenta a segurança. As cápsulas de combustível são revestidas com carbono e cerâmica, capazes de suportar altas temperaturas e prevenir a fusão.
Esta nova empresa também recebeu um subsídio de 629 milhões de dólares do Departamento de Energia dos EUA, obtendo a aprovação da Comissão Nuclear em novembro de 2024 para começar a construção de dois reatores de teste no Tennessee (cada um com 35 MW), sendo que a escala da versão comercial está prevista para atingir 75 MW.
Oklo: o sonho da energia nuclear com refrigeração metálica apoiado pelo CEO da OpenAI, Altman
Oklo é outra startup que se especializa na área de SMR, com investidores de destaque como o CEO da OpenAI, Sam Altman. Altman não só investe, mas também leva a Oklo para o mercado através da sua empresa de fachada AltC.
Os reatores da Oklo utilizam refrigeração por metal líquido, com um design básico proveniente do Departamento de Energia dos EUA, focando na redução de resíduos nucleares. Embora o primeiro pedido de construção tenha sido rejeitado em 2022, a empresa ainda planeja reapresentar o pedido em 2025. Atualmente, a Oklo firmou um protocolo com a empresa de centros de dados Switch, prevendo fornecer até 12GW de energia nuclear até 2044.
Saltfoss: construir uma central nuclear flutuante
A startup dinamarquesa originalmente chamada Seaborg, Saltfoss, também está seguindo a rota de refrigeração por fluoreto, mas sua inovação está no "barco de energia nuclear no mar": instalar de 2 a 8 SMR em embarcações, podendo ser implantados em diferentes áreas. A empresa já arrecadou cerca de 60 milhões de dólares em financiamento, com investidores incluindo Bill Gates, Peter Thiel e o cofundador da Unity, David Helgason, e assinou um contrato de construção com a Samsung Heavy Industries.
TerraPower: O futuro da energia nuclear de sódio líquido criado por Bill Gates
A TerraPower, fundada por Bill Gates, está a construir a sua primeira central nuclear Natrium no estado do Wyoming, nos EUA. O reator combina refrigeração a sódio líquido com armazenamento em sal fundido, com uma potência de 345 MW, situando-se entre a grande energia nuclear e os SMR.
O destaque do Natrium é a sua capacidade de armazenar o calor excedente quando a demanda de eletricidade é baixa e convertê-lo em eletricidade quando a demanda aumenta, permitindo que a energia nuclear responda de forma mais flexível à demanda intermitente. Os principais investidores incluem Cascade Investment, Khosla Ventures e o gigante do aço ArcelorMittal.
X-Energy: Reator refrigerado a ar com investimento massivo da Amazon
A X-Energy é uma das maiores empresas de SMR em termos de financiamento atualmente, tendo obtido 700 milhões de dólares na rodada C-1 liderada pelo Amazon Climate Pledge Fund em 2024. A empresa prevê construir uma capacidade de geração total de 300MW no Noroeste do Pacífico e na Virgínia.
O reator Xe-100 da X-Energy tem um design único, utilizando tecnologia de refrigeração a gás de alta temperatura, que permite a troca de calor através do fluxo de hélio entre 200.000 "bolas" de combustível, fornecendo uma saída de 80 MW. Embora essa tecnologia não seja comum na Europa e na América do Norte, a X-Energy está se esforçando para provar seu potencial futuro.
O futuro da simbiose entre IA e energia nuclear
À medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais exigente em relação à energia, as redes elétricas tradicionais terão dificuldade em atender a essa demanda apenas com fontes renováveis. A nova geração de tecnologia de fissão nuclear, especialmente os SMRs, está se tornando a tábua de salvação aos olhos do Vale do Silício. Embora ainda haja desafios regulatórios e técnicos a serem superados, as grandes empresas de tecnologia apostam no futuro e já incorporaram a energia nuclear em seus planos de infraestrutura de IA.
Este artigo Taiwan reinicia a nova abordagem da energia nuclear? AI gera um furacão nuclear: gigantes da tecnologia entram na nova geração de energia de fissão nuclear, apareceu pela primeira vez na Chain News ABMedia.
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Taiwan reinicia novas soluções para a energia nuclear? A IA levanta uma tempestade nuclear: gigantes tecnológicos entram na nova geração de energia de fissão nuclear.
A demanda por eletricidade nos Estados Unidos, após anos de estagnação com quase nenhum crescimento, finalmente foi acesa pelo desenvolvimento explosivo da inteligência artificial. Para suportar a enorme demanda dos centros de dados por capacidade de computação estável e disponível 24 horas por dia, as gigantes da tecnologia estão acelerando a busca por fontes de energia confiáveis e limpas. Uma das respostas: energia de fissão nuclear. Com o surgimento da nova geração de reatores modulares pequenos (SMRs), a indústria nuclear está vivenciando uma revitalização muito aguardada. Empresas como Amazon, Google, Meta e Microsoft estão assinando protocolos de fornecimento de energia com startups de energia nuclear e até investindo diretamente nelas, competindo para obter uma vantagem nesta revolução energética.
Por que a indústria de tecnologia está apaixonada pela fissão nuclear?
A fissão nuclear, ao contrário da fusão nuclear que ainda está em fase experimental, é uma forma de energia nuclear que é atualmente viável e já está implementada. Para centros de dados que precisam operar de forma estável, a intermitência e a instabilidade da energia tradicional são inadequadas, enquanto a fissão nuclear pode fornecer um suprimento contínuo de eletricidade 24 horas por dia, sendo o parceiro ideal para a "máquina de movimento perpétuo" da computação em IA.
Além de uma fonte de energia estável, as empresas de tecnologia também estão atentas ao potencial dos pequenos reatores modulares. Estas novas instalações nucleares de geração utilizam um design modular e de produção em massa, que não só é mais seguro e flexível, mas também promete reduzir significativamente os custos de construção.
Um futuro pequeno e poderoso: a ascensão dos Reatores Modulares Pequenos (SMR)
O design das centrais nucleares tradicionais gira em torno da construção de reatores de 1 GW (1 mil milhões de watts), que são grandes e caros, com custos e prazos de construção que impressionam. Em contraste, embora a potência dos reatores modulares pequenos seja menor, eles podem ser montados de forma flexível, como blocos de Lego, permitindo a expansão da escala de acordo com a demanda e aumentando a velocidade e segurança de implantação.
Embora os EUA ainda não tenham uma usina SMR em operação comercial, isso não diminuiu o entusiasmo dos gigantes da tecnologia em investir. Abaixo estão algumas startups de fissão nuclear que estão atraindo grandes investimentos do Vale do Silício.
Kairos Power: Reator de sal frio de alta segurança apoiado pelo Google
A Kairos Power, com sede na Califórnia, obteve um compromisso do Google para comprar até 500 megawatts (MW) de eletricidade até 2035, com o primeiro reator previsto para entrar em operação em 2030. Os reatores da Kairos utilizam sal fluorado de alto ponto de ebulição como refrigerante, operando em um ambiente de baixa pressão, o que aumenta a segurança. As cápsulas de combustível são revestidas com carbono e cerâmica, capazes de suportar altas temperaturas e prevenir a fusão.
Esta nova empresa também recebeu um subsídio de 629 milhões de dólares do Departamento de Energia dos EUA, obtendo a aprovação da Comissão Nuclear em novembro de 2024 para começar a construção de dois reatores de teste no Tennessee (cada um com 35 MW), sendo que a escala da versão comercial está prevista para atingir 75 MW.
Oklo: o sonho da energia nuclear com refrigeração metálica apoiado pelo CEO da OpenAI, Altman
Oklo é outra startup que se especializa na área de SMR, com investidores de destaque como o CEO da OpenAI, Sam Altman. Altman não só investe, mas também leva a Oklo para o mercado através da sua empresa de fachada AltC.
Os reatores da Oklo utilizam refrigeração por metal líquido, com um design básico proveniente do Departamento de Energia dos EUA, focando na redução de resíduos nucleares. Embora o primeiro pedido de construção tenha sido rejeitado em 2022, a empresa ainda planeja reapresentar o pedido em 2025. Atualmente, a Oklo firmou um protocolo com a empresa de centros de dados Switch, prevendo fornecer até 12GW de energia nuclear até 2044.
Saltfoss: construir uma central nuclear flutuante
A startup dinamarquesa originalmente chamada Seaborg, Saltfoss, também está seguindo a rota de refrigeração por fluoreto, mas sua inovação está no "barco de energia nuclear no mar": instalar de 2 a 8 SMR em embarcações, podendo ser implantados em diferentes áreas. A empresa já arrecadou cerca de 60 milhões de dólares em financiamento, com investidores incluindo Bill Gates, Peter Thiel e o cofundador da Unity, David Helgason, e assinou um contrato de construção com a Samsung Heavy Industries.
TerraPower: O futuro da energia nuclear de sódio líquido criado por Bill Gates
A TerraPower, fundada por Bill Gates, está a construir a sua primeira central nuclear Natrium no estado do Wyoming, nos EUA. O reator combina refrigeração a sódio líquido com armazenamento em sal fundido, com uma potência de 345 MW, situando-se entre a grande energia nuclear e os SMR.
O destaque do Natrium é a sua capacidade de armazenar o calor excedente quando a demanda de eletricidade é baixa e convertê-lo em eletricidade quando a demanda aumenta, permitindo que a energia nuclear responda de forma mais flexível à demanda intermitente. Os principais investidores incluem Cascade Investment, Khosla Ventures e o gigante do aço ArcelorMittal.
X-Energy: Reator refrigerado a ar com investimento massivo da Amazon
A X-Energy é uma das maiores empresas de SMR em termos de financiamento atualmente, tendo obtido 700 milhões de dólares na rodada C-1 liderada pelo Amazon Climate Pledge Fund em 2024. A empresa prevê construir uma capacidade de geração total de 300MW no Noroeste do Pacífico e na Virgínia.
O reator Xe-100 da X-Energy tem um design único, utilizando tecnologia de refrigeração a gás de alta temperatura, que permite a troca de calor através do fluxo de hélio entre 200.000 "bolas" de combustível, fornecendo uma saída de 80 MW. Embora essa tecnologia não seja comum na Europa e na América do Norte, a X-Energy está se esforçando para provar seu potencial futuro.
O futuro da simbiose entre IA e energia nuclear
À medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais exigente em relação à energia, as redes elétricas tradicionais terão dificuldade em atender a essa demanda apenas com fontes renováveis. A nova geração de tecnologia de fissão nuclear, especialmente os SMRs, está se tornando a tábua de salvação aos olhos do Vale do Silício. Embora ainda haja desafios regulatórios e técnicos a serem superados, as grandes empresas de tecnologia apostam no futuro e já incorporaram a energia nuclear em seus planos de infraestrutura de IA.
Este artigo Taiwan reinicia a nova abordagem da energia nuclear? AI gera um furacão nuclear: gigantes da tecnologia entram na nova geração de energia de fissão nuclear, apareceu pela primeira vez na Chain News ABMedia.